Não tenha medo do que você sente, antes, duvide do que você vê.
Dias
atrás, passou um filme na tevê, cujo personagem principal faz o papel
de um cego. Na verdade, é o registro de um fato real, em que o mesmo
leva uma vida normal e, a partir de determinado momento, conhece uma
moça, se apaixonam, vivem momentos de intensa descoberta, mas a pedido
dela e desejo dele, resolve fazer uma cirurgia para que volte a
enxergar.
Assim é feito, tendo a cirurgia total êxito. Porém,
o que deveria vir a ser motivo de alegria para ambos, passa a ser fator
de preocupação e estudos para a classe médica e, dissabores, entre o
casal, já que o cérebro do rapaz não consegue decifrar as imagens
enviadas pela visão.
Infelizmente, muitos de nós temos passado
por este drama em nossas vidas, porém, sem nunca ter sido cego.
Aprendemos, desde cedo, a ver as coisas como se apresentam diante de
nós, decifrar os objetos, a vida, as pessoas, os sentimentos, sem nunca
, na verdade, procurar sentir cada gesto, cada ação, cada momento
vivido.
Diariamente, estamos cercados de amigos, filhos,
cônjuge e mal conseguimos tocar suas almas, sentir o verdadeiro sentido
das palavras, captar a essência de cada gesto expresso ou não. Apesar
de enxergarmos, quantas vezes fazemo-nos de cegos para não sofrer,
passando nosso cérebro a registrar tão somente aquilo que nos é
necessário.
No filme, de todo o drama sofrido pelo casal a
partir da cirurgia, o que mais chama atenção é o fato dele viver
perguntando o porquê ,de determinadas feições dela, indagando o porquê,
daquele sorriso, do olhar. Fato até normal, se considerado
desconhecidos por ele, porém, fazendo-o abdicar do seu talento maior de
quando era cego: sua capacidade de sentir o pulsar da vida, no outro.
A
vida passa tão depressa! Na verdade, desde o nascimento somos ensinados
a educar nossos sentimentos e, poucos são, os que se habilitam a nos
ensinar a fechar os olhos, captar a verdadeira essência das palavras,
presentes nas pessoas. Até nas brincadeiras somos treinados a ver o que
se passa ao nosso redor. Nada de toques, descobertas, chegando,
inclusive, a ralharem conosco se insistíamos brincar de ceguinho,
advertindo, que se um vento passasse, poderíamos nos tornar cegos para
o resto da vida. Desconsiderando, na verdade, que “ O essencial é
invisível aos olhos.
O final do filme, é surpreendente.
Leva-nos a perceber coisas grandes e pequenas que cruzam, diariamente,
nossas vidas. Que, tantas vezes, nos levam ao sofrimento,
desentendimentos e solidão.
Que bom, se antes nos terem
ensinado a ver as coisas como elas realmente são, tivessem tido a
preocupação de nos fazer sentir a nossa própria vida. A sermos mais
atentos a nós mesmos, tornando-nos, dessa forma, aptos, talvez, a
sentir o pulsar da vida em cada pessoa que chegasse até nós.
Oxalá!
fôssemos capazes, não somente de decifrar nossos sentimentos e dos que
nos rodeiam, mas aprendêssemos a captá-los, feito ondas de rádio.
Certamente, nosso toque seria capaz de alcançar a essência de cada ser,
retirando inúmeros sentimentos levados vida à fora e que, tantas vezes,
não nos servem para nada.
Uma professora Muito Maluquinha de Brusque/SC que ama estar em sala, sempre buscando novas possibilidades para encantar seus alunos.
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